Estou feliz com o resultado da eleição no segundo turno, que nos trouxe a vitória de Dilma Rousseff à presidência do Brasil. Não por essa política sórdida que traz para si milhões de reais e desola nações em busca de status e poder. Mas pelo Brasil República e seus brasileiros que com coragem inovam depois tantos anos elegendo uma mulher para governar o País.
Dilma Rousseff, independente do seu partido, da sua formação profissional, representa a vitória das brasileiras, que num passado não muito distante sofreram com a discriminação do sexo forte, sendo consideradas ‘servas’ em todos os sentidos. A entrada da mulher no mercado de trabalho foi sofrida. A garantia dos direitos trabalhistas então, nem se fala.
Eu acredito na sensibilidade do sexo feminino, na capacidade exclusiva que elas têm de tomar decisões, estas baseadas não apenas na razão, mas na emoção, no desejo, na esperança de um mundo melhor. A mulher consegue enxergar macro, realizar mil coisas ao mesmo tempo, sabe dividir o amor, o pão, sabe gerar frutos, vidas.
Deus não foi tolo quando na criação do mundo, após ter criado o homem, viu que ainda faltava algo. Ele sabia que se parasse ali, talvez tudo o que havia feito fosse perdido. Sabia também que sua última criação tinha autoconfiança suficiente e não se importaria em ser formada apenas de uma costela de seu companheiro.
Foi essa última criação que deu sentido ao mundo e a vida. Deus percebeu que sem a mulher, a felicidade do homem estaria comprometida. E nós, humanos, sabemos bem que o que nos move é a felicidade. A mulher foi a última criação, mas representa o começo, pois à ela foi concebido o poder de gerar vida.
Parabéns Dilma, parabéns mulheres pela vitória na eleição presidencial. Este é um momento histórico para o País. Para nós, gerar é palavra conhecida do corpo, mente e coração. Vamos em frente gerando uma nova maneira de governar baseada no amor, na sensibilidade, jogo de cintura e garra. São essas e outras tantas características que fazem de nós tão especiais.
domingo, 31 de outubro de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Narciso?Eu? Não! Sou muito melhor que este cara!
Eu odeio me deparar com pessoas que “se acham”, aquelas que repetidamente se elogiam com intuito de autoafirmação. É uma situação super desagradável. E o pior é que conheço várias pessoas assim.
O que me dá raiva mesmo é o tal do iniciante que “se acha”. Vamos lá vai, aquele cara experiente, que soma anos de profissão, ou que já viveu enes situações, esses eu ainda relevo porque sei o quanto é difícil nos tempos de hoje ganhar espaço, credibilidade, confiança, seja na família, no trabalho ou na sociedade.
Mas infelizmente essa geração, a qual eu me incluo, é realmente terrível quando o assunto é “Efeito Narciso”: “eu me amo”, “eu me adoro”, “eu sou o tal”, “eu sou a mais bonita”, “eu sou o mais inteligente”, “eu faço isso”, “eu sei aquilo”, “eu tenho tal coisa”, “eu”, “eu”, “eu”, “eu”. Muitos não são nada, estão apenas começando, dando os primeiros passos, mas já se acham o tal. “Serei o melhor”. Uh! Tomara! Mas e se for o pior? Ou mesmo, o meio termo? Vai morrer por isso?
Tem aqueles que nem falam tanto, mas camuflam. Lá no fundo no fundo ‘se acham’, e pelas suas atitudes, é possível perceber o ‘Aparecido’.
De acordo com o Aurélio, humildade – uma palavra que não existe no vocabulário, mente e coração dessas pessoas – significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.
Geralmente, além da síndrome do espelho mágico (só enxergar o próprio reflexo) essas pessoas carregam consigo ainda outros dois defeitos: estar sempre na defensiva, com uma desculpa na ponta da língua que justifique os seus erros, ou então, adoram caçoar dos outros. Mais uma palavrinha muito praticada pelo povão (eu adoro isso!) Claro que essas pessoas nem ousam se considerar ‘povo’.
Escreveu um autor desconhecido: "Humildade é saber exatamente o que somos e o que valemos." Concordo plenamente com ele. Ninguém precisa ‘se achar’. Aquele que é bom, ele é. Não há dúvidas sobre sua capacidade. Com a certeza partindo de si mesmo, não é preciso que ninguém fique dizendo “olha, você é bom hein garoto. Vai longe”.
Cita a Bíblia Sagrada: “Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos”. Filipenses 2.3
Arrogância, soberba, orgulho são sentimentos, atitudes, que devemos tentar nos libertar. Eles não levam a lugar nenhum, a não ser, a solidão, isolamento e pequenez. Aquele que tenta ser grande, é porque na realidade se sente tão pequeno que se não fizer algo para ser notado - ele mesmo não consegue perceber qual o seu tamanho e valor real.
Não estou aqui levantando a bandeira de que todos devem ser tolos, tapetes para que tripudiem por cima. Estou aqui profetizando pessoas modestas, com talentos suficientes para dividir, servir de exemplo, inspiraçã, e não humilhação.
O que me dá raiva mesmo é o tal do iniciante que “se acha”. Vamos lá vai, aquele cara experiente, que soma anos de profissão, ou que já viveu enes situações, esses eu ainda relevo porque sei o quanto é difícil nos tempos de hoje ganhar espaço, credibilidade, confiança, seja na família, no trabalho ou na sociedade.
Mas infelizmente essa geração, a qual eu me incluo, é realmente terrível quando o assunto é “Efeito Narciso”: “eu me amo”, “eu me adoro”, “eu sou o tal”, “eu sou a mais bonita”, “eu sou o mais inteligente”, “eu faço isso”, “eu sei aquilo”, “eu tenho tal coisa”, “eu”, “eu”, “eu”, “eu”. Muitos não são nada, estão apenas começando, dando os primeiros passos, mas já se acham o tal. “Serei o melhor”. Uh! Tomara! Mas e se for o pior? Ou mesmo, o meio termo? Vai morrer por isso?
Tem aqueles que nem falam tanto, mas camuflam. Lá no fundo no fundo ‘se acham’, e pelas suas atitudes, é possível perceber o ‘Aparecido’.
De acordo com o Aurélio, humildade – uma palavra que não existe no vocabulário, mente e coração dessas pessoas – significa "filhos da terra". Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.
Geralmente, além da síndrome do espelho mágico (só enxergar o próprio reflexo) essas pessoas carregam consigo ainda outros dois defeitos: estar sempre na defensiva, com uma desculpa na ponta da língua que justifique os seus erros, ou então, adoram caçoar dos outros. Mais uma palavrinha muito praticada pelo povão (eu adoro isso!) Claro que essas pessoas nem ousam se considerar ‘povo’.
Escreveu um autor desconhecido: "Humildade é saber exatamente o que somos e o que valemos." Concordo plenamente com ele. Ninguém precisa ‘se achar’. Aquele que é bom, ele é. Não há dúvidas sobre sua capacidade. Com a certeza partindo de si mesmo, não é preciso que ninguém fique dizendo “olha, você é bom hein garoto. Vai longe”.
Cita a Bíblia Sagrada: “Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos”. Filipenses 2.3
Arrogância, soberba, orgulho são sentimentos, atitudes, que devemos tentar nos libertar. Eles não levam a lugar nenhum, a não ser, a solidão, isolamento e pequenez. Aquele que tenta ser grande, é porque na realidade se sente tão pequeno que se não fizer algo para ser notado - ele mesmo não consegue perceber qual o seu tamanho e valor real.
Não estou aqui levantando a bandeira de que todos devem ser tolos, tapetes para que tripudiem por cima. Estou aqui profetizando pessoas modestas, com talentos suficientes para dividir, servir de exemplo, inspiraçã, e não humilhação.
sábado, 1 de maio de 2010
Carta aos Manifestantes
Ainda bem que não jogaram nenhuma folha de papel sulfite criticando o jornal do centenário de Capetinga na minha casa. Fiquei sabendo por amigos e parentes que o fato ocorreu em algumas residências do município, e mesmo passado os 40 dias após a ocorrência, aqui vai um texto de resposta para quem fez isso.
Vou ser clara nas minhas considerações. Primeiramente, condeno a atitude tomada porque acho que ninguém, nem nenhum grupo que se esconde atrás de um manifesto anônimo merece atenção e muito menos respeito. Está aqui o meu exemplo, porcaria ou não, o jornal apresentou uma jornalista responsável, uma equipe colaboradora e a administração que encomendou o tablóide. Desta forma ficou muito fácil dirigir as críticas.
Desde a formação do mundo, todos nós sabemos que ninguém é capaz de agradar a todos. Críticas construtivas são sempre bem-vindas, sou totalmente a favor de manifestações populares, mas elas têm que ser consistentes e realmente representar a opinião e os interesses do povo.
Esclareço que o jornal foi encomendado num curto espaço de tempo e que eu e David Pimenta, diagramador, trabalhamos durante dois dias – dia e noite – na preparação do material. Uma verdadeira loucura. Aceitei a proposta não pelo retorno financeiro que esta apresentava, aliás, se fosse pelo dinheiro em questão, nem faria o jornal. Mas assumi o trabalho porque ele me foi apresentado como o único registro histórico programado para os 100 anos do município.
Achei que a população de Capetinga, aquela que rala todo ano de maio a dezembro na colheita do café, que não está 'amparada' em cargo público municipal, pelo contrário, que se esforça todos os dias para manter e viver do negócio próprio, que se desloca para municípios vizinhos em busca de trabalho, enfim, os capetinguenses que amam e se dedicam verdadeiramente à cidade, estes mereciam ver sua história registrada no papel.
A parte histórica do jornal foi escrita com base no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de uma professora da cidade e também nas publicações do “Informativo Capetinguense”, jornal que circulava no município anteriormente. Já as demais informações sobre as fotos antigas e relatos de capetinguenses foram colhidas por um representante da prefeitura municipal. Como trabalho fora, não pude acompanhar todo o processo pessoalmente aí de Capetinga.
Quanto ao texto das obras – que deve ter instigado os “Manifestantes do Sulfite” – foi escrito com respaldo nas informações enviadas pela administração municipal atual. Se nele consta alguma inverdade, cabe ao povo procurar os seus direitos. Porém, deixo aqui a minha advertência de que existem alternativas muito mais eficazes para se fazer ouvir do que escrever manifesto de críticas ofensivas, sem nenhuma funcionalidade. Um exemplo seria acionar o Ministério Público Estadual (MPE) que acata, investiga as denúncias de supostas irregularidades cometidas por agentes políticos e as encaminha para julgamento dos magistrados.
O que não pode acontecer é uma cidade ficar omissa, vendo as supostas 'irregularidades' do governo de que vocês tanto falam e, no entanto, a única atitude tomada ser um manifesto feito em folhas de papel sulfite questionando sobre os gastos que o Executivo teve com o jornal do aniversário da cidade. Façam-me um favor!
Caros. É preciso muito mais que isso se quisermos ter uma administração em prol de um povo e não um povo em prol de uma administração. Na minha opinião, os prefeitos estão mais do que certos em querer divulgar obras que foram feitas no decorrer de seus mandatos. Cabe ao povo, desenvolver bem o seu papel: eleger políticos com consciência, fiscalizar a administração e tomar as medidas de direito cabíveis. Claro que o povo também precisa diferenciar o que é marketing político e divulgação mentirosa.
Fico feliz por ter meu celular funcionando na cidade, por ver amigos serem transportados para faculdade em Franca em um ônibus mais novo, o PSF atendendo em lugar mais adequado, crianças e jovens tendo oportunidade de lazer e pratica de esporte na pista de skate. Creio que isso tudo não é fruto da minha imaginação. São benfeitorias que estão ali, para quem quiser ver.
A cidade tem problemas. Isso eu concordo. E por sinal gravíssimos. Mas acho muito fácil criticar, ameaçar e colocar-se como oposição, se escondendo por detrás das cortinas. Quero ver agir, questionar, ir em defesa do direito da maioria, mostrando a cara, doa a quem doer. É deste tipo de gente, que penso que o município precisa. Fica aqui mais esta sugestão para as próximas eleições municipais. Que caiam as máscaras!
Vou ser clara nas minhas considerações. Primeiramente, condeno a atitude tomada porque acho que ninguém, nem nenhum grupo que se esconde atrás de um manifesto anônimo merece atenção e muito menos respeito. Está aqui o meu exemplo, porcaria ou não, o jornal apresentou uma jornalista responsável, uma equipe colaboradora e a administração que encomendou o tablóide. Desta forma ficou muito fácil dirigir as críticas.
Desde a formação do mundo, todos nós sabemos que ninguém é capaz de agradar a todos. Críticas construtivas são sempre bem-vindas, sou totalmente a favor de manifestações populares, mas elas têm que ser consistentes e realmente representar a opinião e os interesses do povo.
Esclareço que o jornal foi encomendado num curto espaço de tempo e que eu e David Pimenta, diagramador, trabalhamos durante dois dias – dia e noite – na preparação do material. Uma verdadeira loucura. Aceitei a proposta não pelo retorno financeiro que esta apresentava, aliás, se fosse pelo dinheiro em questão, nem faria o jornal. Mas assumi o trabalho porque ele me foi apresentado como o único registro histórico programado para os 100 anos do município.
Achei que a população de Capetinga, aquela que rala todo ano de maio a dezembro na colheita do café, que não está 'amparada' em cargo público municipal, pelo contrário, que se esforça todos os dias para manter e viver do negócio próprio, que se desloca para municípios vizinhos em busca de trabalho, enfim, os capetinguenses que amam e se dedicam verdadeiramente à cidade, estes mereciam ver sua história registrada no papel.
A parte histórica do jornal foi escrita com base no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de uma professora da cidade e também nas publicações do “Informativo Capetinguense”, jornal que circulava no município anteriormente. Já as demais informações sobre as fotos antigas e relatos de capetinguenses foram colhidas por um representante da prefeitura municipal. Como trabalho fora, não pude acompanhar todo o processo pessoalmente aí de Capetinga.
Quanto ao texto das obras – que deve ter instigado os “Manifestantes do Sulfite” – foi escrito com respaldo nas informações enviadas pela administração municipal atual. Se nele consta alguma inverdade, cabe ao povo procurar os seus direitos. Porém, deixo aqui a minha advertência de que existem alternativas muito mais eficazes para se fazer ouvir do que escrever manifesto de críticas ofensivas, sem nenhuma funcionalidade. Um exemplo seria acionar o Ministério Público Estadual (MPE) que acata, investiga as denúncias de supostas irregularidades cometidas por agentes políticos e as encaminha para julgamento dos magistrados.
O que não pode acontecer é uma cidade ficar omissa, vendo as supostas 'irregularidades' do governo de que vocês tanto falam e, no entanto, a única atitude tomada ser um manifesto feito em folhas de papel sulfite questionando sobre os gastos que o Executivo teve com o jornal do aniversário da cidade. Façam-me um favor!
Caros. É preciso muito mais que isso se quisermos ter uma administração em prol de um povo e não um povo em prol de uma administração. Na minha opinião, os prefeitos estão mais do que certos em querer divulgar obras que foram feitas no decorrer de seus mandatos. Cabe ao povo, desenvolver bem o seu papel: eleger políticos com consciência, fiscalizar a administração e tomar as medidas de direito cabíveis. Claro que o povo também precisa diferenciar o que é marketing político e divulgação mentirosa.
Fico feliz por ter meu celular funcionando na cidade, por ver amigos serem transportados para faculdade em Franca em um ônibus mais novo, o PSF atendendo em lugar mais adequado, crianças e jovens tendo oportunidade de lazer e pratica de esporte na pista de skate. Creio que isso tudo não é fruto da minha imaginação. São benfeitorias que estão ali, para quem quiser ver.
A cidade tem problemas. Isso eu concordo. E por sinal gravíssimos. Mas acho muito fácil criticar, ameaçar e colocar-se como oposição, se escondendo por detrás das cortinas. Quero ver agir, questionar, ir em defesa do direito da maioria, mostrando a cara, doa a quem doer. É deste tipo de gente, que penso que o município precisa. Fica aqui mais esta sugestão para as próximas eleições municipais. Que caiam as máscaras!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
A primeira impressão é a que fica
Quero aproveitar esse primeiro contato para dizer que independente do que virá depois, a primeira impressão é a que fica. É verdade. É muito legal conseguirmos recordar os fatos que marcaram de alguma forma o início de etapas de nossa vida.
Eu, por exemplo, consigo me lembrar de quando frequentei pela primeira vez a Escola Municipal Senador Flaquer, em São Caetano do Sul/SP. Era meu primeiro dia de aula, estava iniciando o 1º ano do Ensino Fundamental, sentia uma vontade enorme de aprender, mas ao mesmo tempo vinha um frio na barriga só de pensar que a partir dali eu teria que seguir sem a companhia da minha mãe, dos meus amigos da fase pré-escolar, ou seja, teria que enfrentar tudo aquilo sozinha e para o meu próprio bem.
Desta escola eu me lembro de uma única professora, a Dona Mitssuko, uma japonesa que dava aulas de matemática. Eu adorava estudar matemática. Em certo ano do ensino fundamental comecei a forjar a assinatura da minha mãe nas provas que tirava nota baixa e fui pega porque joguei a teste amassado debaixo da cama. Claro que minha mãe achou. Tive que explicar o fato para a professora e para a Dona Laudicéia (minha mãe), que foi convocada a comparecer na instituição. Foi constrangedor ser tratada como "a falsária" aos 8 anos de idade.
A minha habilidade com a dança também ficou registrada nesta época. Lembro-me que a professora do meu irmão me convidou para criar coreografia dos alunos da pré-escola para a apresentação de final de ano. Fui toda contente, dando uma de professora com a meninada, sem me dar conta de que era tão menina quanto eles.
Recordo-me das festas juninas, como eram bons os festejos naquela escola, havia barracas de prenda, pescaria, jogo de mira e salas "Casa dos monstros", "Da Bruxa", "Fada" - artifícios criados especialmente para ganhar a garotada e, é claro, arrecadar dinheiro para a instituição.
Se fechar meus olhos, consigo me lembrar do recreio, sentir o cheiro do lanche e ouvir o barulho da sirene que põe fim ao intervalo. Em fila, os alunos eram levados para o pátio para cantar o Hino Nacional e da Bandeira. Isso acontecia toda segunda-feira. Havia ainda um pequeno parque com balanço, escorregador, árvores e areia. Tinha medo de ir ao banheiro sozinha porque diziam que uma loira - morta na adolescência - sempre aparecia por lá, vestida toda de branco.
Uma vez, estava assistindo a aula com uma caneta na boca. Um amigo de sala me empurrou, provocando um acidente: a tampa da caneta perfurou meu 'céu da boca'. Lembro exatamente o pânico que me deu ao ver todo aquele sangue. Claro que rapidamente a situação foi resolvida, após um bochecho de água com sal.
Teve também o dia em que minha mãe se atrasou para me buscar na escola e tive que ficar aguardando um bom tempo na sala da diretora. Isso ficou registrado na minha memória.
No Senador Flaquer havia dentista e cheguei a consultar com ele. Era um consutório pequeno, mas bem equipado. Não consigo recordar o nome do profissional, mas me lembro que ele era um senhor de cabelo branco.
É muito gostoso recordar tudo isso e saber que boas impressões ficaram daquela escola, dos professores, dos amigos , enfim, da fase estudantil. Se recordar é viver, vou mais além, recordar as boas impressões é proporcionar felicidade uma, duas, três ou inúmeras vezes.
Eu, por exemplo, consigo me lembrar de quando frequentei pela primeira vez a Escola Municipal Senador Flaquer, em São Caetano do Sul/SP. Era meu primeiro dia de aula, estava iniciando o 1º ano do Ensino Fundamental, sentia uma vontade enorme de aprender, mas ao mesmo tempo vinha um frio na barriga só de pensar que a partir dali eu teria que seguir sem a companhia da minha mãe, dos meus amigos da fase pré-escolar, ou seja, teria que enfrentar tudo aquilo sozinha e para o meu próprio bem.
Desta escola eu me lembro de uma única professora, a Dona Mitssuko, uma japonesa que dava aulas de matemática. Eu adorava estudar matemática. Em certo ano do ensino fundamental comecei a forjar a assinatura da minha mãe nas provas que tirava nota baixa e fui pega porque joguei a teste amassado debaixo da cama. Claro que minha mãe achou. Tive que explicar o fato para a professora e para a Dona Laudicéia (minha mãe), que foi convocada a comparecer na instituição. Foi constrangedor ser tratada como "a falsária" aos 8 anos de idade.
A minha habilidade com a dança também ficou registrada nesta época. Lembro-me que a professora do meu irmão me convidou para criar coreografia dos alunos da pré-escola para a apresentação de final de ano. Fui toda contente, dando uma de professora com a meninada, sem me dar conta de que era tão menina quanto eles.
Recordo-me das festas juninas, como eram bons os festejos naquela escola, havia barracas de prenda, pescaria, jogo de mira e salas "Casa dos monstros", "Da Bruxa", "Fada" - artifícios criados especialmente para ganhar a garotada e, é claro, arrecadar dinheiro para a instituição.
Se fechar meus olhos, consigo me lembrar do recreio, sentir o cheiro do lanche e ouvir o barulho da sirene que põe fim ao intervalo. Em fila, os alunos eram levados para o pátio para cantar o Hino Nacional e da Bandeira. Isso acontecia toda segunda-feira. Havia ainda um pequeno parque com balanço, escorregador, árvores e areia. Tinha medo de ir ao banheiro sozinha porque diziam que uma loira - morta na adolescência - sempre aparecia por lá, vestida toda de branco.
Uma vez, estava assistindo a aula com uma caneta na boca. Um amigo de sala me empurrou, provocando um acidente: a tampa da caneta perfurou meu 'céu da boca'. Lembro exatamente o pânico que me deu ao ver todo aquele sangue. Claro que rapidamente a situação foi resolvida, após um bochecho de água com sal.
Teve também o dia em que minha mãe se atrasou para me buscar na escola e tive que ficar aguardando um bom tempo na sala da diretora. Isso ficou registrado na minha memória.
No Senador Flaquer havia dentista e cheguei a consultar com ele. Era um consutório pequeno, mas bem equipado. Não consigo recordar o nome do profissional, mas me lembro que ele era um senhor de cabelo branco.
É muito gostoso recordar tudo isso e saber que boas impressões ficaram daquela escola, dos professores, dos amigos , enfim, da fase estudantil. Se recordar é viver, vou mais além, recordar as boas impressões é proporcionar felicidade uma, duas, três ou inúmeras vezes.
Assinar:
Postagens (Atom)